sábado, 1 de agosto de 2009

Introdução

O Mundo está em Revolução. A proposta desta revolução é a construção de um Mundo Novo. As TIC são uma das impulsionadoras desta revolução e conjuntamente com a Educação são os meios para o seu sucesso.


Foi exactamente após a segunda guerra mundial que se começou a notar indícios de uma nova transição social. O Mundo dava indício de deixar para trás a sociedade industrial para se entrar numa nova era que se convencionou chamar de sociedade pós industrial. Os diferenciais dessa nova sociedade é que ela se baseia numa economia a escala mundial (globalização) e onde o conhecimento e as TIC passam a ser as forças de desenvolvimento.

Como diz Roque et al (2004), a era industrial, caracterizada por uma economia nacional baseada na extracção dos recursos naturais e onde a actividade produtiva era a alavanca do desenvolvimento, trouxe benefícios para a humanidade como o crescimento económico, melhoria da qualidade de vida para muitas pessoas e o alargamento do ensino. Só que trouxe também muitos malefícios. Desde já a escassez dos recursos naturais, a fome, as desigualdades sociais, mas também a explosão demográfica e a poluição.

Sem esquecer que nessa era aconteceram duas grandes guerras mundiais. Daí que, ainda segundo Roque et al (2004), as muitas pessoas que beneficiaram do alargamento do ensino formaram uma massa crítica e começaram a questionar este tipo de sociedade e este tipo de desenvolvimento, que trazia consigo muitas desgraças.
Portanto, esta nova era Pós industrial em que vivemos é marcada por:

*Um rápido crescimento do sector de serviços, em oposição ao manufacturado
*Um rápido aumento das tecnologias de informação e Comunicação, frequentemente levando ao termo Sociedade de Informação.
*Conhecimento e criatividade tornam-se as matérias cruciais das economias.
*Mas também pela vontade do homem em criar um mundo sustentável e saudável, de paz e de tolerância.

Estas são as bases para a edificação de um Mundo Novo. No novo mundo o progresso não se conquista na base de guerras, da destruição da natureza e da exploração exacerbada dos recursos minerais, mas sim do conhecimento, das tecnologias e da comunhão entre as pessoas, os povos e os Estado.

A nova era exige portanto um novo homem capaz de ser agente desta revolução. Um novo cidadão capaz de se adaptar a esta mudança e contribuir para a construção do mundo novo, de um mundo saudável económico e socialmente. Um novo cidadão capaz de contribuir para o sucesso pessoal mas também para o sucesso social/global.

Um novo cidadão capaz de utilizar as TIC para ter acesso a informação e acima de tudo produzir conhecimento, ideiais e soluções. Um cidadão activo, autónomo, determinado e empreendedor capaz de competir nesse mundo global. Um cidadão que sabe relacionar-se com o outro na base da cooperação e da compreensão das diferenças evitando os conflitos. Um cidadão com cultura da paz, com consciência ambiental, com competências para aprender ao longo da vida e resolver por si os seus problemas.

É este o desafio que a sociedade actual lança a comunidade educativa: a formação de um novo cidadão, de um cidadão com essas novas competências para que a construção do Mundo Novo seja sustentável.

Mas para as escolas corresponderem a este desafio é necessário que na educação aconteça uma revolução própria.

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